Poeira mortal de sílica contamina coleção de museu

O Museu Nacional da Austrália, em Canberra, está trabalhando para remover o pó mortal de sílica que contaminou parte da coleção histórica nacional.

Os itens foram mantidos em um depósito próximo a uma fábrica de concreto e a contaminação resultante fez com que os funcionários fossem proibidos de entrar no local durante grande parte de 2022.

"Há um acúmulo de poeira de sílica na instalação, que requer remoção antes que qualquer coleção possa ser tratada", disse Ruth Wilson, do museu, a uma audiência de estimativas do Senado na noite de quinta-feira.

Em abril, o governo federal anunciou um aumento de financiamento de US$ 78,3 milhões para a instituição nos próximos quatro anos.

Isso incluiu $ 13,1 milhões para alugar uma nova instalação de armazenamento "necessária com urgência" e mover os itens de seu local atual.

Os objetos incluem máquinas, equipamentos agrícolas, barcos, caminhões e aviões, todos considerados pelo museu "relativamente robustos".

A instituição alugou o prédio em 1988, quando não havia outros prédios por perto, mas não revela a localização do local contaminado.

Não se sabe há quanto tempo os itens da coleção estão guardados junto à fábrica.

A instalação de armazenamento foi fechada por vários meses durante 2022, enquanto higienistas independentes testavam os níveis de poeira.

Depois que duas rodadas de testes mostraram que os níveis de poeira de sílica estavam dentro dos limites aceitáveis ​​e podiam ser controlados por funcionários usando equipamentos de proteção individual, a proibição de entrada foi suspensa no início de 2023.

O museu não recebeu nenhum relato de danos aos itens da coleção e os processos de descontaminação estão em andamento, disse um porta-voz do museu.

O museu diz que a qualidade do prédio está agravando o problema ao permitir a entrada de contaminantes, uma questão levantada com os proprietários do prédio em dezembro de 2022.

A poeira produzida a partir da sílica está ligada à silicose, uma doença pulmonar incurável, bem como ao câncer, e a Safe Work Australia recomendou a proibição nacional de produtos que usam sílica.

“A exposição no local de trabalho à sílica cristalina respirável levou a um aumento inaceitável no número de casos de silicose e outras doenças relacionadas à sílica”, disse a executiva-chefe da Safe Work Australia, Michelle Baxter, em março.